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Paralisação

Servidores da Ebserh entram em greve no HU

Superintendente do hospital diz que quatro cirurgias já foram canceladas e que o movimento irá impactar diretamente no atendimento da população


Nesta quarta-feira, servidores concursados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) que trabalham no Hospital Universitário, da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, aderiram ao movimento grevista nacional que reivindica reposição salarial, retroativos referentes aos acordos coletivos dos últimos anos que não foram cumpridos e a manutenção do adicional de insalubridade calculado sobre o salário base atual.

Mesmo com tempo chuvoso vários profissionais se reuniram com faixas em uma barraca montada na entrada do hospital, onde prestaram esclarecimentos à população e atenderam os profissionais de imprensa. O movimento chamou a atenção principalmente dos pacientes e familiares dos 33 municípios da região que a unidade hospitalar atende.

Os servidores da saúde, que estiveram na linha de frente durante toda a pandemia, reclamam de salários defasados e da tentativa de retirada de direitos já adquiridos como o cálculo de insalubridade sobre o salário base e que a empresa quer passar a calcular sobre o salário mínimo.

O CNon - Canal de Notícias On-Line entrou em contato com o superintendente do HU, Hermeto Macario Amin Paschoalick, para saber sobre o impacto da greve no atendimento à população da região do Sul do Estado. Ele revelou que quatro cirurgias, marcadas para esta quinta-feira foram canceladas e alertou que se houver adesão maciça dos funcionários, a greve irá impactar diretamente em todos os atendimentos do hospital.

Caso a greve se estenda por muito tempo a situação pode ficar grave. Uma vez que o HU é hospital de referência em pronto atendimento materno-infantil da região Sul com 25 leitos de maternidade de alto risco e 10 UTIs pediátricas. "Ainda não dá para avaliar o impacto causado pelo primeiro dia de paralisação. Vamos fazer uma análise diária da situação e acompanhar o quadro de funcionários para saber o que irá impactar nos exames e atendimentos ambulatoriais", explicou Hermeto Paschoalick.


DECISÃO DO TST

A ministra Delaíde Alves Miranda Arantes, relatora do dissídio coletivo no TST - Tribunal Superior do Trabalho, determinou percentual mínimo de manutenção de trabalhadores, nos 41 hospitais universitários administrados pela Ebserh, no Brasil. Deverão permanecer em atividade 60% dos profissionais de cada área médica e assistencial e metade do efetivo das áreas administrativas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, em caso de descumprimento.

No dia 10 de agosto a empresa pediu ao tribunal julgamento imediato do dissídio coletivo, incluindo os Acordos Coletivos em aberto. Na terça-feira dessa semana o TST sinalizou, através de decisão, que o processo já está se encaminhando para julgamento do mérito, mas para isso as entidades sindicais precisam concordar com o julgamento imediato.

Se 40%, dos cerca de 900 servidores da Ebserh, que trabalham no HU decidirem cruzar os braços, durante esta paralisação nacional, o impacto nos plantões e serviços hospitalares será enorme podendo comprometer vários atendimentos, em especial os materno-infantil.

CNon - Canal de Notícias On-Line

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