Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Nota Oficial

Exército nega que obras do Aeroporto Regional de Dourados estejam condenadas

Em resposta aos questionamentos feitos pelo CNON, Comando Militar do Oeste diz que obra está orçada em R$ 88 milhões e que pode sofre novo reajuste.


Foto: 9º BEC

Depois de encaminhar de forma oficial, por email, uma série de questionamentos a respeito das obras que estão sendo executadas pela Engenharia do Exército Brasileiro, no Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira, de Dourados, o Canal de Notícias Online (CNOn) recebeu na tarde desta quinta-feira uma nota do Comando Militar do Oeste prestando esclarecimentos.

No documento o Exército nega que as obras do aeroporto estejam condenadas e que precisem começar do zero. "No caso específico do aeroporto de Dourados, a pista de pouso e decolagem apresentou, durante os testes realizados, ondulações acima do previsto e problema estrutural em uma das camadas do pavimento, no trecho de 400m da ampliação. Após análise desses problemas, foi definido que será realizado um reforço estrutural na superfície asfáltica".


A nota explica que não será necessário mais recurso para solucionar o problema e que o prazo está mantido. "O 9º Batalhão de Engenharia de Construção (9º BEC) já está mobilizado para reiniciar os trabalhos e solucionar os problemas ocorridos dentro do prazo previsto para conclusão, sem a necessidade de acréscimos de recursos, em função da economia gerada durante execução da obra. Não foram encontradas nascentes na área abrangida pela obra e o projeto de drenagem foi concebido para solucionar todos os problemas hídricos existentes no terreno do aeroporto".

O texto explica que as obras aeroportuárias são consideradas complexas na área de engenharia de construção, devido ao rigor das normas nacionais e internacionais, não sendo incomum a não conformidade em algum teste de comissionamento para homologação da pista.

A nota também revela que o custo inicial do projeto estava orçado em R$ 49 milhões, mas por conta da complexidade da obra precisou ser feito um novo, que encareceu a obra em 48,36%, saltando para R$ 72,7 milhões.

"O anteprojeto apresentado pela Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) em 2017 estipulava um valor estimado de 49 milhões. Após a confecção dos projetos Básico e Executivo, e antes do início das obras, foi necessária a elaboração de um novo Plano de Trabalho, a fim de corrigir o orçamento apresentado no anteprojeto. Com isso, o valor inicial da obra foi reajustado para R$ 72.762.276,66, com data base de janeiro de 2020.

O texto revela ainda que recentemente esse valor foi reajustado, em mais 19%, para R$ 88 milhões e que até o final da obra poderá sofrer novo reajuste. "O valor da obra, reajustado para os dias atuais, com índices amparados em legislação vigente (2020/2021 e 2021/2022), perfaz o valor de R$ 88.414.920,79, aprovado pela Secretaria de Aviação Civil. Existe um Plano de Trabalho em elaboração, contemplando mais um reajuste anual previsto em lei (2022/2023) e revisões de projeto em fase de obra, com valores ainda não finalizados".

A nota também diz que a obra do Aeroporto Regional não foi dividida em etapas e, que atualmente, encontra-se com 85% do cronograma executado.

Sobre a terceirização dos serviços o Exercito disse que ocorreu em alguns casos, que necessitaram de serviços técnicos especializados. "Cumpre destacar que, durante o planejamento inicial da obra, foram identificados trabalhos e serviços técnicos muito especializados, particularmente na área de auxílio de navegação aérea, indicando a necessidade de contratação de empresas especializadas para a execução do serviço, em razão da especificidade técnica".

Já sobre a compra de uma usina de asfalto e a destinação dela a nota diz: "O Exército adquiriu, com recursos orçamentários próprios, uma usina de asfalto no valor R$ 1,8 milhões que, após ser utilizada nas obras da pista de Dourados, será destinada à execução de outras obras do Sistema de Engenharia".

O documento reitera que a obra do aeroporto de Dourados é uma parceria entre o então Ministério de Estado dos Transportes, Portos e Aviação Civil, por intermédio da Secretaria Nacional de Aviação Civil (SAC) e do Exército Brasileiro, por meio do Departamento de Engenharia e Construção (DEC), formalizada pelo Termo de Execução Descentralizada - TED - nº 03/2017, assinado em 19 de dezembro de 2017, com vigência até 31 de dezembro de 2023, prazo para a conclusão da obra.

"A obra consiste na Restauração e Ampliação do Aeroporto de Dourados, que por suas peculiaridades, particularmente a existência de uma única pista, a necessidade de obras em toda sua extensão, a substituição de todo sistema elétrico e de auxílio à navegação, impedem a operação do aeroporto, por questões operacionais e de segurança".

Por fim, o Exército Brasileiro reafirmou o compromisso com as normas técnicas exigidas na legislação em vigor e o cumprimento dos prazos estipulados, em todas as obras do Sistema de Engenharia do Exército Brasileiro.


O problema na obra do Aeroporto Regional de Dourados foi suscitado pela Coluna Malagueta, do jornalista Marcos Santos, no dia 31 de julho. Veja a Coluna na Íntegra


Segue abaixo nota do CMO exclusiva para o site:



CNon - Canal de Notícias On-Line

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!