1 bilhão 465 mil reais. Esse é o valor da receita e dos gastos previstos pelo Executivo Municipal, para o ano de 2023. A peça orçamentária com cerca de 550 páginas foi entregue à Câmara de Vereadores de Dourados, nesta sexta-feira, pelas mãos do prefeito Alan Guedes que esteve acompanhado do secretário de Fazenda, Everson Leite Cordeiro, de Governo, Wellington Henrique Rocha de Lima e o assessor de Comunicação, Ginez Cesar. O valor é 13% maior que o aprovado para este ano, de R$ 1,29 bi.
Durante discurso o Secretário Municipal de Fazenda disse que a atual gestão pegou o município destruído e abandonado. Mas que o grupo de secretários está trabalhando com metas e planejamentos para que o executivo volte a ter dinheiro em caixa para investir na cidade.
"Estabelecemos metas a serem alcançadas. Ainda não é o que o Alan deseja. Temos muito a fazer, mas tudo começa com planejamento. Nessa peça assim, como na de 2022, o foco desse planejamento é fazer investimentos em obras, equipamentos e políticas públicas", explicou.
Everson disse ainda que o cidadão quer ver o retorno do imposto que paga em benfeitorias na cidade e no bairro onde mora e alertou os vereadores sobre o peso da folha de pagamento, no orçamento do município, que irá fechar o exercício em R$ 52 milhões, o que representa hoje 48,37% de todo o recurso municipal. "A folha de pagamento da prefeitura caminha para algo insustentável. Se nada for feito poderemos fechar 2023 com uma folha de R$ 70 milhões. Aí não vai ter investimento", alertou o secretário de Fazenda.
O prefeito Alan Guedes informou que depois da folha de pagamento do funcionalismo, os principais gastos municipais estão relacionados ao custeio da educação e da saúde que tem previsão mínima de 25% e 15% respectivamente. "Nossa previsão prevê gastos muito acima disso". O chefe do executivo revelou que a folha de pagamento comprometerá mais da metade dos recursos do município. "Os gastos correspondem a 50.8%. Cerca de 760 milhões em despesa com pessoal. Mais da metade do valor previsto", explicou Alan.
O destaque na previsão de orçamento para 2023, foi para a área da Cultura, que o executivo dobrou a previsão de gastos em relação a esse ano, totalizando R$ 3,8 milhões. A Fundação de Esporte do município terá R$ 4,3 milhões em recursos.
O prefeito disse que esse ano o município já começa receber os recursos do Fonplata - Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata e que a contrapartida do município será gradativa e nem tudo envolverá recurso financeiro. "A contrapartida do Fonplata não será totalmente em dinheiro. O primeiro lote necessita que o município faça desapropriações que já estão previstas no orçamento. Será assim até chegar à totalização do 10 milhões de dólares", ressaltou o prefeito.
A peça orçamentária foi recebida pelo presidente do legislativo municipal, o vereador Laudir Munaretto e acompanhado pela maioria dos parlamentares. "O documento agora passa pelas comissões de Justiça e Orçamento e neste tempo, aproximadamente 15 dias, pode receber as emendas dos vereadores. Feito isso, a peça vai para análise no Plenário e três votações, a última para homologação, provavelmente 14 ou 15 de dezembro, obedecendo os prazos regimentais", explica Laudir.
Fonte: CNon - Canal de Notícias On-Line