Delegado Denis Colares, que ocupou a chefia do Departamento de Inteligência e foi chefe substituto da Delegacia de Polícia Federal de Dourados, onde recebeu título de Cidadão Douradense assumiu no final do mês passado a Coordenadoria de Proteção à Pessoa, da Diretoria de Polícia Administrativa, da Polícia Federal. O departamento é responsável pela segurança da Presidência da República, de autoridades diplomáticas e de chefes de Estado que estejam em visita ao Brasil.
Foi dele a responsabilidade de organizar e coordenar a segurança dos dez presidentes de países da América do Sul e um representante do governo do Peru na reunião com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio Itamaraty, em Brasília, que aconteceu na terça-feira desta semana.
Com tantos chefes de Estado em um só local, Colares revela que precisou montar um esquema reforçado de segurança. "Usamos cerca de 150 policiais federais. O trabalho não é apenas para o presidente, a gente cuida também da segurança dos familiares e das comitivas como um todo", disse Colares.
O Cidadão Douradense, que agora ocupa cargo de destaque na Polícia Federal revelou que para o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, houve uma atenção especial devido manifestações contra ele nas redes sociais. "Nesses casos fazemos uma análise de risco, dentro do setor de inteligência, além de um levantamento prévio sobre cada presidente e familiares. No caso de Maduro adotamos uma postura diferente, mais cautelosa", explicou Denis Colares.
Ele também será responsável pela coordenação da segurança de todos os líderes de Estado que virão ao Rio de Janeiro, para participarem da cúpula do G20, em novembro. "A proteção direta de autoridades estrangeiras é feita a partir do momento em que elas chegam ao território brasileiro e só encerra no momento em que deixam o país. Fazemos todo trabalho de segurança, até mesmo as escoltas a hotéis e aeroportos", frisou o delegado.
Delegado Denis Colares com agentes especiais da Polícia Federal treinados para fazer a segurança de chefes de Estado e comitivas em visita ao Brasil.
Fonte: CNon