Desvendado o crime de homicídio que tirou a vida do médico Gabriel Paschoal Rossi, de 29 anos, que teve pés e mãos amarrados e foi estrangulado, no município de Dourados. Segundo informações do delegado titular do SIG – Serviço de Investigações Gerais, Erasmo Cubas, o crime foi motivado por um envolvimento do médico com um grupo que mantinha esquema de estelionato. A vítima teria ameaçado denunciar o esquema da quadrilha caso a não recebesse R$ 500 mil que seria a parte dele no esquema.
O trabalho do médico no grupo era fornecer dados falsos para que os crimes fossem cometidos. Segundo o delegado, a vítima ia até a Caixa Econômica Federal para fazer saques e transferências usando documentos falsificados e que eram usados de pessoas já falecidas. O dinheiro era rateado entre os membros da quadrilha, que era chefiada por Bruna Nathalia de Paiva, de 28 anos, mas a parte dele não foi repassada.
Pelos serviços Gabriel teria para receber dela o montante de meio milhão de reais, mas como não recebeu, o médico começou a ameaçar Bruna que iria entregar todo o esquema à polícia. Para não pagar a dívida e não correr o risco de ser denunciada, a acusada teria mandado matar Gabriel.
Para executar o crime foram contratados três homens: Guilherme Augusto Santana, de 32 anos, Gustavo Kenedi Teixeira, de 26 e Keven Rangel Barbosa, de 21. Todos residentes no Estado de Minas Gerais. O grupo recebeu a quantia de R$ 150 mil para realizar a execução.
Segundo informações do legista, ao chefe do SIG, o médico estava morto há dois dias, quando o corpo foi encontrado. Esse dado foi importante para a investigação pois revelou que a vítima teria ficado cerca de 48 horas agonizando antes de morrer. Ainda segundo Cubas, após o crime, o grupo teria criado contas nome dele para continuar aplicando golpes de estelionato.
Outras versões, como envolvimento com mulher de traficante e dividas de drogas foram levantadas, por membros da própria quadrilha, na tentativa de criar uma cortina de fumaça para despistar os investigadores.
O delegado declarou que, o médico não usava a condição profissional dele na área da saúde para fazer os esquemas de estelionato, O caso de homicídio foi encerrado e as informações referentes aos crimes de estelionato serão encaminhadas à polícia mineira que dará continuidade as investigações, na tentativa de encontrar outros envolvidos.
Os trabalhos de campo foram liderados pelo agente de investigação do SIG Saulo Soares Filho e contou com uma ação conjunta envolvendo PRF – Polícia Rodoviária Federal, SIG, Polícia Civil e forças policiais de Minas Gerais.
Fonte: CNon - Canal de Notícias On-Line