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Filhas lutam na Justiça para conseguir remédio contra o câncer para mãe

Justiça intimou o Município em novembro, mas até o momento não foi providenciada a compra da medicação

Por João Rocha em 28/12/2023 às 13:46:46

Foto: Divulgação - Dona Enedina Santana que precisa continuar o tratamento contra o câncer, mas não em condições de comprar os remédios

Além de lutar contra o câncer, uma família douradense luta contra o tempo e contra a falta de recursos para comprar medicamentos caros que são necessários para dar continuidade ao tratamento de Dona Enedina Soares Santana, de 65 anos, que descobriu metástases em um dos pulmões e na cabeça.

A primeira cirurgia da paciente aconteceu em maio desse ano e a partir daí as filhas decidiram procurar a Defensora Pública Estadual de Dourados para garantir na Justiça, que o Município arcasse com as despesas da compra dos remédios da mãe. O Pazopanibe 400mg, de uso contínuo, duas cápsulas ao dia e o Votrient 400 mg que custa mais de R$ 14 mil.

O atendimento na Defensoria foi realizado no dia 3 de junho e gerou a abertura da ação de Nº 0810872-25.2023.8.12.0002 que no dia 18 novembro de 2023 o juiz José Domingues Filho intimou o município intimado para se manifestar sobre o cumprimento da obrigação. E no caso negativo, da manifestação que seja acostado orçamentos para custeio da medicação pelo período de seis meses de tratamento, responsabilizando além do Município também o Estado. "Fica facultado também ao Estado acostar o orçamento pela tabela PMVG".


Acontece que o tempo está passando e até o momento nenhuma medida concreta foi tomada e a paciente continua sem a medicação para dar continuidade ao tratamento. "Acho que estão esperando eu morrer ou não ter mais chances de cura para liberarem a medicação", desabafa Dona Enedina.

As filhas estão muito preocupadas porque a médica informou que se o tratamento não for feito da maneira correta existe o risco da doença se espalhar para outras partes do organismo. Já se passaram seis meses desde o pedido de ajuda junto a Defensoria Pública e mais de um mês que o juiz intimou o Município. Só que até o momento estão sem respostas.

A reportagem tentou contato com a Defensora Pública Inês Batisti, que responde no lugar do Defensor Público, Leonardo Ferreira Mendes que está de licença, mas não conseguiu retorno. O CNON também entrou em contato por telefone com o Secretário Municipal de Saúde, Waldno Lucena, para que pudesse se manifestar a respeito do assunto, mas até o fechamento da reportagem não havia retornado a ligação.

Fonte: CNOn

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