Referente à Semana Epidemiológica (SE) 10 (de 3 a 9 de março), o estudo tem como base dados inseridos até 11 de março.
O boletim destaca que os casos de SRAG por covid-19 aumentaram nos estados do Centro-Sul. Em GoiĂĄs, Rio de Janeiro e São Paulo, a anĂĄlise aponta desaceleração do crescimento de SRAG em idosos nas Ășltimas semanas. Os casos de SRAG por influenza A (gripe) aumentaram em estados do Nordeste, Sudeste e Sul. Nessas duas Ășltimas regiões (Sudeste e Sul), os casos ocorrem em combinação com o aumento por covid-19. JĂĄ em relação às ocorrĂȘncias associadas ao VSR, verifica-se crescimento em estados de todas as regiões brasileiras.Como foi ressaltado no boletim da semana passada, a SRAG segue impactando crianças de até dois anos de idade, tendo VSR como principal agente desse crescimento de casos. O vĂrus influenza vem aumentando a ocorrĂȘncia de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. A incidĂȘncia de SRAG por covid-19 mantém maior impacto nas crianças pequenas e na população a partir de 65 anos de idade. JĂĄ a mortalidade da SRAG tem se mantido de forma significativa mais elevada nos idosos, com predomĂnio de covid-19.
O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, pesquisador do Programa de Computação CientĂfica da Fiocruz (Procc/Fiocruz), comentou que o aumento recente no grupo de 5 a 14 anos constatado na anĂĄlise pode estar relacionado ao rinovĂrus, à influenza e ao Sars-CoV-2 (covid-19). Entre os casos positivos deste ano, 10,1% são influenza A; 0,3% são influenza B; 12,7% são VSR; e 65,4% são Sars-CoV-2 (covid-19). Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, a prevalĂȘncia entre os casos positivos foi de 14,2% para influenza A, 0,3% para influenza B; 14,5% para VSR; e 61,1% para Sars-CoV-2 (covid-19).
Estados e capitais
O boletim divulgado hoje mostra que 24 estados apresentam indĂcios de crescimento de SRAG na tendĂȘncia de longo prazo (Ășltimos seis meses). São eles Alagoas, AmapĂĄ, Amazonas, Bahia, CearĂĄ, Distrito Federal, EspĂrito Santo, GoiĂĄs, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, ParĂĄ, ParaĂba, ParanĂĄ, Pernambuco, PiauĂ, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo e Tocantins.
Entre as capitais, 20 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), MacapĂĄ (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São LuĂs (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Em nĂvel nacional, o cenĂĄrio atual sugere sinal de expansão nas tendĂȘncias tanto de longo prazo (Ășltimas 6 semanas) como de curto prazo (Ășltimas 3 semanas). No ano epidemiológico 2024, jĂĄ foram notificados 16.550 casos de SRAG, sendo 6.639 (40,1%) com resultado laboratorial positivo para algum vĂrus respiratório, 6.778 (41,0%) negativos, e pelo menos 2.183 (13,2%) aguardam resultado laboratorial.
Óbitos
Com relação aos casos de SRAG, jĂĄ foram registrados este ano 1.218 óbitos, sendo 725 (59,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vĂrus respiratório, 400 (32,8%) negativos, e ao menos 54 (4,4%) estão aguardando resultado laboratorial.
Entre os positivos do ano corrente, 5,2% são influenza A; 0,3% são influenza B; 1,2% são VSR; e 90,9% são Sars-CoV-2 (covid-19). Nas quatro Ășltimas semanas epidemiológicas, houve prevalĂȘncia, entre os casos positivos, de 7,6% para influenza A; 0% para influenza B; 1,3% para VSR; e 89% para Sars-CoV-2 (covid-19), aponta o boletim.
Fonte: AgĂȘncia Brasil