No dia 31 desse mês será realizada na Justiça do Trabalho, a primeira audiência do processo trabalhista proposto pela jovem trabalhadora E.D.S.A. (RT 0024363-64.2024.5.24.0051), na qual ela dará início a luta para obter uma indenização da empresa Frango Bello Alimentos integrante do grupo Pluma Agro Avícula. No processo ela alega ter sofrido lesões no desempenho das funções e que comprometeram gravemente o seu estado de saúde e a capacidade para o trabalho, além de levantar uma série de questões sobre as condições de trabalho em ambientes insalubres.
Na petição juntada no processo, a trabalhadora relata que inicialmente foi contratada como auxiliar de produção na sala de corte, mas que passou a ser obrigada a fazer limpeza de todo o setor, uma tarefa árdua que incluía a limpeza das máquinas, mesas e chão, e pela natureza repetitiva de suas atividades, aliada à falta de equipamentos de proteção adequados, desenvolveu lesões graves. A trabalhadora alega ainda que depois disso foi designada para o setor de desossa, onde a ausência de luvas e facas adequadas para o serviço, agravou ainda as lesões, sem contar as condições de trabalho em temperaturas extremamente baixas, sem proteção necessária.
Para lutar pelos seus Direitos a trabalhadora procurou o escritório da Dra. Rosilene Gomes da Silva, com sede em Itaquiraí/MS, que atua em parceria com o escritório Medeiros & Medeiros Advogados Associados SS, especializado na defesa de trabalhadores.
O grupo Pluma Agro Avícula inserido no polo passivo do processo trabalhista como responsável solidário junto com a empresa Bello Alimentos, conhecido por fornecer ovos para o renomado Instituto Butantan, enfrenta agora a controvérsia de ver uma das empresas integrantes do grupo envolvida em um caso que expõe falhas graves nas condições de trabalho dos trabalhadores.
E.D.S.A. dedicou anos ao trabalho árduo, e busca agora reparação pelos danos que alega ter sofrido enquanto trabalhava na empresa, e que pode evoluir tornando a incapaz de continuar com suas atividades laborais. Sua luta representa não apenas uma busca pessoal por justiça, mas também revela as condições de trabalho que outras pessoas vem sendo submetidas em muitas indústrias alimentícias, além de alertar sobre a necessidade de regulamentações mais rigorosas para proteger os trabalhadores.
Até o fechamento desta reportagem não obtivemos contato com representantes das empresas reclamadas no processo, todavia mantemos o espaço esta aberto para eventual manifestação.