Trabalho que impulsiona II - C

Cinco desembargadores de MS são alvo de operação da PF por venda de sentença

Outros dois desembargadores aposentados são investigados, além de um procurador de Justiça e um juiz de primeira instância

Por João Rocha em 24/10/2024 às 08:37:54

Foto: Divulgação

A PolĂ­cia Federal deflagrou nesta quinta-feira a Operação Ultima Ratio, com o objetivo de investigar possĂ­veis crimes de corrupção em vendas de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de escrituras pĂșblicas no Poder JudiciĂĄrio de Mato Grosso do Sul.

Estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça em Campo Grande/MS, BrasĂ­lia/DF, São Paulo/SP e CuiabĂĄ/MT.

Os desembargadores Sérgio Fernandes Martins, que é presidente do TJ-MS, Vladimir Abreu da Silva, Alexandre Aguiar Bastos, Sideni Soncini Pimentel e Marco José de Brito Rodrigues foram afastados pelo STJ, por 180 dias. Esse prazo ainda poderĂĄ ser prorrogado. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul Osmar Domingues Jeronymo e o sobrinho dele, que é servidor do TJ-MS, Danillo Moya Jeronymo, também foram afastados.

A PolĂ­cia Federal investiga ainda o envolvimento de mais dois desembargadores aposentados, um procurador de Justiça e um juiz de primeira instância.

Os envolvidos podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, falsificação, organização criminosa. A operação é fruto de trĂȘs anos de investigação da PolĂ­cia Federal e foi batizada de "Ultima Ratio", um princĂ­pio do Direito segundo o qual a Justiça é o Ășltimo recurso do Poder PĂșblico para parar a criminalidade.

A ação teve o apoio da Receita Federal e é um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, na qual foram apreendidos materiais com indĂ­cios da prĂĄtica dos referidos crimes.

O STJ determinou o afastamento do exercĂ­cio das funções pĂșblicas de servidores, a proibição de acesso às dependĂȘncias de órgão pĂșblico, a vedação de comunicação com pessoas investigadas e a colocação de equipamento de monitoramento eletrônico.

Fonte: PolĂ­cia Federal

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