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Servidor demitido pelo TSE diz à PF ter reportado as supostas irregularidades antes de ser exonerado

Exonerado do TSE na manhã desta quarta-feira (26/10), Alexandre Gomes Machado afirma ser vítima de abuso de autoridade. Ele alega, em depoimento, ter informado as supostas falhas na fiscalização das inserções da propaganda eleitoral gratuita.

Por CNON em 27/10/2022 às 15:54:22

Em depoimento à Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (26/10), o servidor Alexandre Gomes Machado, exonerado do cargo assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse ter informado as supostas falhas na fiscalização e no acompanhamento na veiculação das inserções da propaganda eleitoral gratuita. Ele afirmou que, desde o ano de 2018, informava reiteradamente ao tribunal sobre as irregularidades.

"Até a data de hoje, estava ocupando a função de assessor do gabinete da Secretaria Judiciária do TSE; que na data de hoje, sem que houvesse nenhum motivo aparente, foi exonerado do cargo e conduzido por seguranças para o exterior do tribunal, tendo ainda que entregar seu crachá de servidor."
"Que acredita que a razão da sua exoneração seja pelo fato de que desde o ano de 2018 tenha informado reiteradamente ao TSE de que existem falhas de fiscalização e acompanhamento na veiculação de inserções da propaganda eleitoral gratuita, que a fiscalização seria necessária para o fim de saber e as propagandas de fato estariam sendo veiculadas", disse em depoimento.

Integridade física

Ainda no depoimento, o servidor disse que acredita estar sendo vítima de abuso de autoridade e que teme pela sua integridade física. Ele afirmou à PF que "especificamente na data de hoje, na condição de coordenador do pool de emissoras do TSE, recebeu um e-mail emitido pela emissora de rádio JM On Line, no qual a rádio admitiu que, dos dias 7 a 10 de outubro, havia deixado de repassar em sua programação 100 inserções da Coligação Pelo Bem do Brasil, referente ao candidato Jair Bolsonaro."

Ele afirmou ter reportado o erro e que foi exonerado pouco tempo depois.

"O declarante comunicou o fato para Ludmila Boldo Maluf, chefe de gabinete do secretário-geral da Presidência do TSE, por meio de e-mail; que cerca de trinta minutos após esta comunicação foi informado, pelo seu chefe imediato, de que estava sendo exonerado".

Machado foi exonerado na manhã desta quarta-feira (26/10), em meio às denúncias da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) de que as rádios do Nordeste estariam priorizando inserções do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No entanto, o TSE informou, por meio de nota, que a saída do servidor nada tem a ver com as alegações do atual chefe do Executivo. "Faz parte das alterações que o presidente da corte, Alexandre de Moraes, tem promovido em sua equipe após assumir o cargo", disse o tribunal.

Fonte: Correio Braziliense

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Marlene Rosa

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Pena e Fabio