Trabalho que impulsiona II - C

Saúde anuncia R$ 30 milhões para ampliação do teste do pezinho

Apesar de não existir um número exato de doenças que se classificam como raras, a estimativa de autoridades sanitárias é que sejam mais de 5 mil tipos, associados a fatores genéticos, ambientais, infecciosos e imunológicos.

Por CNON em 14/03/2024 às 15:00:09

O Ministério da SaĂșde anunciou nesta quarta-feira (13) um incremento de mais de R$ 30 milhões por ano para ampliar o Programa Nacional da Triagem Neonatal (PNTN), conhecido popularmente como teste do pezinho. O objetivo, segundo a pasta, é garantir acesso ao diagnóstico precoce e, consequentemente, à assistĂȘncia adequada e de qualidade.

A pasta destacou que, a partir do resultado do teste do pezinho, é possĂ­vel evitar mortes e deficiĂȘncias, além de proporcionar melhor qualidade de vida a pacientes que são acometidos por condições como fenilcetonĂșria, hipotireoidismo congĂȘnito, doença falciforme, fibrose cĂ­stica, hiperplasia adrenal congĂȘnita, deficiĂȘncia de biotinidase e toxoplasmose congĂȘnita.

Apesar de não existir um nĂșmero exato de doenças que se classificam como raras, a estimativa de autoridades sanitĂĄrias é que sejam mais de 5 mil tipos, associados a fatores genéticos, ambientais, infecciosos e imunológicos. Atualmente, estão disponĂ­veis na rede pĂșblica 31 serviços de referĂȘncia e mais de 60 protocolos clĂ­nicos para condições especĂ­ficas.

A expectativa do ministério é que, por meio do investimento anunciado, a rede passe a contar com mais 29 serviços de referĂȘncia em triagem neonatal, com distribuição em todos os estados e no Distrito Federal por meio de unidades de saĂșde pĂșblica, filantrópicas, universitĂĄrias e privadas. O cronograma prevĂȘ também a habilitação de 28 laboratórios para triagem neonatal.

"Com o acréscimo imediato de R$ 30 milhões, o programa também investirĂĄ na logĂ­stica – por meio dos Correios –, na atualização dos valores de procedimentos relacionados ao teste do pezinho, inserção e capacitação do uso da tecnologia de espectrometria de massas e a formação das câmaras técnicas assessoras em doenças raras e de triagem neonatal", informou o ministério.

Ainda de acordo com a pasta, com a ampliação das ações, o teste do pezinho passa a ser incluĂ­do no escopo dos serviços de referĂȘncia em triagem neonatal, o que torna necessĂĄria uma equipe mĂ­nima, composta por um pediatra, um enfermeiro, um nutricionista, um psicólogo e um assistente social.

"Também fazem parte dos critérios de incentivo o monitoramento dos indicadores do teste do pezinho, o matriciamento da rede de coleta [quando duas ou mais equipes trabalham de forma compartilhada], a capacitação dos profissionais de saĂșde quanto às doenças raras, a atenção ao paciente diagnosticado e aos casos complexos, além da operacionalização da triagem", informou o ministério.

Fonte: MInistĂ©rio da SaĂșde/AgBr

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Marlene Rosa

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Pena e Fabio